Sob o Olhar de Santa Luzia
A crônica da flor guerreira nos chama
a ressignificar coisas, pessoas e realidades,
sob a égide da natureza que a todos acolhe.
O acorde requintado de um bom chorinho
nos convida ao deleite harmônico da simplicidade
de quem faz arte dedilhando seis suaves cordas.
Na alma poetisa todo absurdo se faz milagre
e os peixes coloridos saltam dos panos de prato
em versos, sabores e histórias.
Histórias reveladas na prosa de um bate-papo mineiro,
num olhar sobre o passado ou nas lembranças dos presépios,
no desejo de que, após os nossos dias, o futuro sorria para essa gente.
Se o viver for poesia, que se revele num cheiro de mulher,
na corrente do bem que conta histórias
e forma leitores, revelando talentos.
Um moheki que se revela em poesia e fantasia selvagens,
se multiplica num exército que marcha pra guerrilha, armado
de prosa e verso pela educação, pela arte, pela vida.
Cinderelas de noites frias ou manhãs ensolaradas sairão a
espalhar versos pós-modernos, amor materializado em gestos.
Sob o olhar de Santa Luzia, ALUZ do saber sobre os homens de boa vontade.
(Uma homenagem à ALUZ e aos seus múltiplos talentos que fazem da cultura sua bandeira de transformação de vidas e histórias)
Imagem: Arquivo Pessoal