Então tá...
Em 2013 acreditei que o “gigante” acordou por causa de R$ 0,20 centavos acrescidos à tarifa de ônibus.
Aprendi o que era um bando de gente à toa e nada patriota do “bloco preto”, que de tão brasileiro, se identificava no idioma do Tio Sam e era formado de pessoas que nem sabiam o porquê de estar ali... apenas queriam badernar. Destruíram fachadas de lojas, agências bancárias, pontos de ônibus, como se destruir empresas privadas ou o bem público fosse uma forma de melhorar o país.
Mas o grito geral era um pedido por mudança, por um país mais justo e menos corrupto, por uma pátria realmente educadora, por melhores condições de saúde, por melhorias na mobilidade humana, por reformas na estrutura política do país.
Veio 2014, com ele a tão esperada Copa do Mundo de Futebol e acabaram os protestos, veio o 7x1 e a zuação, veio o Governo e prometeu alguma coisa que ninguém lembra mais.
Vieram as eleições, a grande e real oportunidade para o “gigante” acordar e protestar usando apenas um dedo e algumas teclas.
E então reelegemos 56,5 % dos nossos Deputados Federais, orgulhosos por promover a maior renovação na Casa desde 1998, mas esquecendo de que dos 223 novatos, 25 estão de retorno à casa. Mais do mesmo.
No Senado Federal, das 27 vagas disponíveis houve 10 tentativas de reeleição, das quais metade alcançou êxito. E entre os cinco Senadores reeleitos, lá está Fernando Collor de Melo. Sem comentários.
Na presidência, todos já sabem. Venceu a força da máquina.
E chegou o ano de 2015. Tudo como antes...
Mas depois da noite branca, entre fogos, espumantes e abraços, acordamos com o fim do IPI, aumento no preço da energia elétrica, no preço do combustível e, consequentemente, aumento no preço dos alimentos (potencializado pela pouca oferta, dado a dificuldade de produção em período de seca), aumento da taxa de juros, aumento nas passagens de ônibus, mudanças nos direitos trabalhistas.
Como se não bastasse, veio o sistema de bandeiras na conta de energia elétrica, aumentando em R$ 3,00 o valor da conta para cada 100 Kwh quando a bandeira estiver vermelha, caso de Janeiro, com pouca chuva e maior dificuldade de produção da energia.
A promessa de uma “Pátria Educadora” caiu por terra nove dias depois, com o corte de, aproximadamente, R$ 500 milhões mensais na verba destinada à Educação.
Chegou fevereiro com a notícia de um aumento de 83,0 % na tal taxa das bandeiras das contas de energia elétrica, elevando em R$ 1,50 a taxa que foi definida há apenas 1 mês atrás. E ainda estamos na bandeira vermelha. R$ 5,50 a cada 100 Kwh.
E o “gigante” que dizem que acordou por causa de R$ 0,20? Deve estar confeccionando sua fantasia de otário para brincar o carnaval.
Afinal, estamos mesmo de mudança?
Tenho dúvidas.
(Imagem: www.encontrabrasil.com.br)