Textos
As cidades ficam iluminadas.
Luzes coloridas a lembrar-nos que é Natal
torna tudo mais bonito:
casas, praças, shopping centers...
E Papai Noel
(o bom velhinho)
cobra caro por uma foto com criança inocente.
Em dezembro as ofertas são muitas,
os comerciais a lembrar-nos que é preciso dar presentes
torna tudo mais intenso:
família, amigo-secreto, namorados...
E o crediário
(símbolo do nosso capitalismo selvagem)
apresenta-se disfarçado de 'espírito do natal’.
Mas nem todos são iluminados pelas luzes de dezembro,
que piscam a lembrar-lhes que existe um abismo social.
A realidade mostra sua face no olhar sedento
ante a vitrine, ali mesmo, em frente à praça...
E criança que não paga
(dura lição que se aprende)
não tem foto com o velhinho mercenário.
Mas há um dezembro esquecido, uma história que não contaram.
Que Deus um dia desceu do céu, nasceu menino,
e chegando por aqui, sentiu a realidade:
Experimentou o lado cruel dos corações...
Ensinou que o amor é a essência
(“nisto sereis conhecidos, se tiverdes amor”)
e que atitudes valem mais que presentes.
Em dezembro as luzes podem não trazer alegria,
pode nada receber e nada ter a dar.
A noite pode ser de sonhos e lágrimas,
mas uma estrela brilha mais que as luzes coloridas...
Há um Natal
(“um Menino nasceu”)
e d’Ele brotam as fontes de amor e vida!
Jefferson Lima
Enviado por Jefferson Lima em 19/12/2012
Alterado em 28/02/2021
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